Nos últimos anos, de forma inesperada e repentina, fomos confrontados com a necessidade de redefinir novas práticas de vida. Foi um “exercício de projeto” à escala global e a todos os níveis: desde as relações pessoais e afetivas, até à forma de reorganizar o espaço da casa, da cidade, do trabalho, além do nosso posicionamento enquanto indivíduos na sociedade.
Neste contexto, tornou-se urgente refletir sobre o conceito de Utopia, enquanto novos cenários estão a ser traçados. De que forma voltaremos a uma “nova normalidade”? E que feições terá? Cada um estará a imaginar uma resposta diferente. Por isso, porque não reavaliar as Utopias do passado para inspirar o momento presente? As Utopias de ontem poderão ser as realidades de amanhã? E quais as Utopias do presente que estamos a imaginar para o futuro?
A palavra “Utopia”, de origem grega ou–tupia, pode significar, por um lado, um “não lugar” algo que não pode existir, algo impossível e, por outro lado, esta mesma palavra remete também para eu–topia, ou seja, um “lugar feliz”.